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domingo, 16 de setembro de 2012
sexta-feira, 29 de junho de 2012
A VARIAÇÃO LINGUISTICA NA SALA DE AULA
20/ 06/2012.
Autor Pedro Danilo Faoro.
TERRA NOVA DO NORTE- MT - E. M. MIRAGUAÍ
Co-autor: Sidnei Sauer
Estrutura curricular.
Modalidade Ensino Fundamental.
íngua Portuguesa
Dados da Aula.
O que o aluno poderá aprender com esta aula:
Ler textos de autores renomados de nossa literatura e identificar as variações linguísticas existentes nos mesmos;
Identicar as caracteristicas, geograficas e historicas das obras
Identificar e classificar as variações linguísticas.
Escrever textos que contemplem as variações do estado de origem do aluno;
Produzir textos escritos se utilizando da variedade linguística de preferência do aluno.
Duração das atividades
4 aulas de 55 minutos para cada variedade
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
Os alunos precisam estar inseridos num contexto de linguagem, convivendo e tendo noção das diferentes formas de linguagem (Variações).
Estratégia e Recursos da aula
A Variação Linguística na Sala de Aula
O trabalho com a variação linguística nos textos literários tem se expandido em meio à práticas pedagógicas porque a língua portuguesa é muito rica no que tange a variedade linguística devido a dimensão continental do país e a diversidade de nossa literatura e a migração de pessoas principalmente da região sul para a região centro-oeste que contribui para a variação linguística ser mais acentuada em nossa região.
Seqüência Didática
O professor deve ter bem definido quais as variações linguísticas que pretende trabalhar com sua turma antes de dar inicio a esta sequência, assim poderá explorar as variações existentes na sala de aula prevista para esse trabalho: Variedade geográfica, Variedade Diacrônica, Variedades Sociais e Variedades situacionais, bem como trabalhar a leitura, a interpretação e a produção de textos se utilizando das variações linguísticas para aprender e dominar as variações existentes nas diferentes regiões do país.
1ª Aula: prática de leitura
Esta aula inicial tem o objetivo especifico de ampliar o vocabulário da turma em relação à variação linguística , ao tema trabalhado.
Antes de iniciar a leitura o professor deve sondar os conhecimentos que os alunos já têm em relação às variações geográficas. No caso de livros ou romances de escritores do Rio Grande do Sul como Érico Veríssimo e escritores nordestinos como Graciliano Ramos e suas obras. E quais são os autores preferidos.
Leitura feita pelo professor: trecho do livro “Ana Terra” do autor Érico Verissimo e do livro “Vidas Secas” do autor Graciliano Ramos ou “Vida e Morte Severina” do autor João Cabral de Melo Neto. Conetxtualizando os aspectos geograficos e o momento em que as obras foram escritas.
2ª Aula: Linguagem oral
Após a leitura dos textos lecionados pela turma deve-se organizar uma roda onde os alunos possam falar em relação às variações encontradas nos devidos textos de Érico Veríssimo e de Graciliano Ramos e João Cabral de Melo Neto. O professor deve apresentar a biografia dos autores dos textos permitindo que os alunos façam perguntas sobre eles, citando suas obras mais famosas. Por ultimo é interessante organizar uma discussão sobre as variações encontradas por eles para que cheguem a algumas conclusões como:
Os textos lidos contem variações na forma dos personagens se expressarem.
Contam com expressões típicas da região sul e da região nordeste que são utilizados pelos alunos.
A geografia da região e o período histórico em que o autor viveu e produziu as obras.
Os costumes e tradições fazem parte do texto.
Existem dificuldades na compreensão dos sentidos devido à linguagem utilizada.
3ª Aula: Língua Escrita
Nesta aula será preciso criar situações por meio das condições de produção (leitura ), em que o aluno possa se sentir motivado a utilizar a escrita numa atividade de produção se utilizando e enfocando a região de origem dos seus pais e a região onde ele reside na atualidade levando em consideração as variações da língua dominada por eles criando elementos de um texto que pode ser uma narrativa que deve ter:
Título.
Personagens.
Caracterização do espaço e do tempo.
Desenvolvimento.
Clímax.
Conclusão.
4ª Aula: Analise e Reflexão Sobre a Língua Utilizada nos Textos.
O professor deve orientar os alunos a fazer uma análise reflexiva sobre as variações da língua que foram utilizadas pelos autores dos textos lidos e dos textos produzidos para que possam comparar e refletir sobre as variações utilizadas pelos autores e por eles (alunos),levando em consideração a geografia e a história dos escritores e dos alunos em suas produções realizando as seguintes atividades:
Revisão dos textos produzidos.
Reorganizando as ideias comparando com a língua padrão.
Revisando a pontuação.
Fazendo as correções ortográficas necessárias.
Coesão e coerência.
Reescrevendo o texto se necessário.
Sistematização
Os textos produzidos pela turma depois de revisados e rescritos poderão ser expostos e compartilhados em um mural na sala de aula e na sala de biblioteca para que todos os alunos e professores da escola e comunidade possa ter acesso às produções feitas pelos alunos. E no final do trabalho as produções poderão ser expostas e publicadas no blog da escola e no blog individual de cada aluno...
Sugestões de atividades extraclasse
Leitura de obras de Luis Fernando Veríssimo, Graciliano Ramos.
Assistir filmes da região sul como: Incidente em Antares (Romance de Erico Veríssimo) Da região nordeste: vida e Morte Severina (romance de João Cabral de Mello Neto), Os Sertões ( Romance de Euclides da Cunha).
Recursos Complementares
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: Língua Portuguesa / MEC/SEF; Brasília, 1998.
GERALDY, João Vanderley (org). O Texto na sala de aula. São Paulo: Ática, 1997.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Varia%C3%A7%C3%A3o_(lingu%C3%ADstica)
AVALIAÇÃO
A avaliação deverá ser feita de forma contínua pelo processo de aprendizagem, observando se alunos compreenderam que as variações existentes na linguagem não são erros, mas reultados diferentes no uso da linguagem.
sexta-feira, 22 de junho de 2012
Minhas memorias
Minhas memorias
Voando para o desconhecido
Ainda me lembro, foi no ano de 1978 e os índios das reservas indígenas de Nonoai, Planalto, Tenente Portela e Miraguaí no Rio Grande do Sul se rebelaram contra os posseiros que trabalhavam em suas terras e decidiram expulsá-los, segundo informações não oficiais eles foram influenciados obviamente por políticos, que jamais assumiram serem os responsáveis pela ação de incentivar os índios a tomar uma decisão tão radical, depois do movimento indígena a sociedade e o povo despejado das áreas indígenas começaram a se preocupar seriamente com a situação criada e passaram a procurar uma solução que fosse boa para todas as partes envolvidas e resolver o problema criado pela expulsão dos colonos das terras que ficaram desabrigados, sem terra e sem trabalho, mas para onde esse povo iria? Foi nesse momento que entrou em ação o Governo Federal por intermédio do INCRA que resolveu assentar os colonos no Norte de Mato Grosso estado que recém tinha sido dividido. inicialmente essa decisão tomou todos de surpresa e assustou uma parte e motivou outra que ficaram eufóricos para conhecer o tapete verde do Brasil e confirmar as histórias dos animais lá existentes, pois se falava muito das onças que atacavam as pessoas e das cobras que tinham um tamanho gigantesco, tamanho de um pinheiro e muitos acreditavam nessa verdade fantasiosa.
No dia 27 de novembro de 1978 por volta das 11:00 horas da manhã, partimos do Rio Grande do Sul, para o Mato Grosso em um numero aproximado de 130 pessoas, fomos levados de Nonoai a Porto Alegre em três ônibus da empresa Ouro e Prata até o aeroporto Salgado Filho de Porto Alegre, chegamos no aeroporto por voltas das 21:00 horas e voamos destino a Cuiabá às 11:00 horas em um avião da Vasp fretado pelo governo federal, ficamos todos maravilhados com a vista deslumbrante da cidade durante o voo que aos poucos foi ficando para traz e cada vez mais distante dos nossos olhos até desparecer por completo a viagem foi muito divertida e aconteceram muitas coisas durante o voo, por que, nós os passageiros estávamos muito amedrontados por ser a primeira vez que tinhamos visto um avião grande, daquele tamanho, e tambem por ser a primeira vez que voávamos, mas o que me perturbava era aquele barulho ensurdecedor que as turbinas faziam e o barulho da turbulência quando passamos por uma tempestade no meio da viagem. Chegamos em Cuiabá por volta das 1:00 horas do dia 28 de Novembro de 1978 e quando descemos do avião nos deparamos com uma chuva forte e um calor quase insuportável, para nossa surpresa já tinha 3 ônibus da Empresa TUT Transportes nos esperando para nos levar até nosso destino que era desconhecido por todos, enfrentamos uma temperatura de mais de 30 graus que contrastava com a temperatura agradável do avião que era de 18 graus e isso causou um grande desconforto a todos que depois tivemos problemas relacionados à agua quente que tomamos durante a viagem de Cuiabá com a Tut transporte até Projeto Terra Nova;como desinteria e dores abdominais; que causou muitos transtornos na viagem que durou aproximadamente 14:00 horas. Mas durante essa viagem aconteceu alguns episódios interessantes como aquele, que quando eu pedi ao motorista para que ele parasse o ônibus, pois eu precisava ir para o mato fazer minhas necessidades e ele me perguntou com um sotaque totalmente diferente do nosso, parecendo sotaque nordestino, falando assim:
-Você vai cagar? ou vai mijar? Eu respondi a ele que eu ia fazer as duas coisas, então ele falou:
-- cuidado com a onça... e eu disse a ele que eu precisava ir de qualquer jeito que não tinha problema, pois a minha necessidade era maior do que o medo da onça. Foi então que todos os passageiros acabaram descendo do ônibus e indo para o mato, por que ninguém imaginava a distancia que nos separava do próximo povoado ou cidade e foi assim entre sustos e surpresas que chegamos na Agrovila em que moramos até hoje e foi quando chegamos que a maioria das mulheres entraram em desespero, pois o lugar era completamente deserto e tinha somente um lugar aberto de aproximadamente 200 metros de largura por 1.500 metros de comprimento local onde tinha as casinhas do projeto muito pequenas, com dois quartos sem portas e uma área aberta sem paredes então a gente ouvia as mulheres chorando e falando(reclamando) que nunca mais iriam ver os amigos e parentes que ficaram no sul pois a distancia era de aproximadamente 3.000 quilômetros. Durante a noite ninguém conseguiu dormir devido medo de bichos e cobras e de madrugada os bugios começaram a gritar e todos pensavam que aqueles gritos eram de onça, pois eram muitos fortes e interruptos dando impressão que tinha centenas delas muito próximas de nós e foi assim que passamos nossos primeiros dias de Mato Grosso até surgir a primeiro caso de Malária que todos pensavam que fosse gripe devido à febre forte e pelos sintomas de dor de cabeça e dor no corpo, mas fomos informados de que aquela febre não era gripe e sim malária muitos começaram mesmo sem dinheiro a planejar o seu retorno para o sul do país.
Pedro danilo faoro
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